Um homem não-identificado morreu depois de ser baleado durante uma briga na Virada Cultural na madrugada deste domingo (19). A informação foi confirmada por funcionários da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e atendentes da ambulância que transportou o ferido.
Este não foi o único caso de ferimento à bala durante o evento, que somou outros quatro casos de pessoas baleadas durante brigas.
A reportagem do UOL percorreu diversos pontos da Virada Cultural na madrugada deste domingo e também registrou inúmeros relatos de roubos de celular e arrastões violentos.
Um dos arrastões ocorreu por volta das 23h na praça da República, onde jovens de 15 a 20 anos formaram um corredor e simularam o início de uma briga, para depois segurarem o público dentro do corredor e assaltá-lo. A ação ocorreu a dez metros de uma base da Polícia Militar, da qual os policiais alegaram não poder sair.
Por volta da 1h30, uma das saídas da estação República chegou a ser fechada por conta de uma briga nas proximidades.
Fotógrafos registraram também o socorro a um jovem que foi esfaqueado durante um assalto no viaduto do Chá. De acordo com um policial militar que atuava na Virada, este não foi o único caso de esfaqueamento.
Movimento nas delegacias
Segundo o UOL apurou, a movimentação no 3º DP dos Campos Elíseos, na região central, foi grande durante toda a madrugada. A delegacia recebeu especialmente casos de roubo e furto e vítimas de arrastões. Por volta das 4h30, cerca de cem pessoas aguardavam atendimento.
O 2º DP do Bom Retiro, principal delegacia da região, está operando acima de sua capacidade. Segundo informou o investigador Jatniel Lima, a delegacia está lotada e o movimento foi muito maior que em 2012. Do lado de fora, 15 viaturas estacionadas abrigavam infratores detidos, que também se espalhavam pela calçada, sob a vigilância dos policiais.
Entre as vítimas presentes no local, o peruano Eddy Robinzon apresentava ferimentos depois de ter sido agredido por dois homens. Um foi preso em flagrante e o outro conseguiu escapar. Além dele, cerca de 20 pessoas esperavam desde as 23h para registrarem boletim de ocorrência.
Policiais que não quiseram se identificar afirmaram que esta foi a edição mais violenta da Virada. Segundo eles, já se previa um aumento na violência, como ocorre a cada ano, mas não se esperava um número tão grande de ocorrências.
Na Base Comunitária Móvel da Polícia Militar montada no evento, foram registradas cerca de 150 ocorrências de roubos, furtos e agressões. Uma pessoa chegou a ser levada para a Santa Casa após chegar desacordada à base depois de levar uma pancada na cabeça.
O policial que estava de plantão afirmou que grande parte dos infratores detidos acabam sendo liberados porque não há vítimas para fazerem o reconhecimento nas delegacias. Ele também alertou que a tendência é que o número de ocorrências aumente no início desta manhã, quando grande parte do público já está alcoolizado.
Santa Casa
A Santa Casa de Misericórdia, localizada próximo ao centro, também enfrenta superlotação por conta da Virada Cultural. O local recebeu mais de 20 vítimas de facadas, garrafadas e brigas, incluindo cinco casos de ferimentos a bala durante brigas, sendo que um resultou em morte.
O Hospital Santa Cecília também recebeu pessoas feridas durante a Virada Cultural.
Fonte:uol
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