Irã acusa Estados Unidos de estarem por trás do ataque e
ameaça israelenses
Os recentes ataques de Israel ao território sírio desataram uma escalada de tensões na região.
Segundo a TV estatal síria, foguetes disparados por Israel atingiram um complexo militar de pesquisas científicas em Damasco neste sábado (4).
Grandes explosões foram ouvidas na cidade e uma imagem divulgada pela Ugarit News mostra uma coluna de fumaça perto do local onde teria ocorrido o ataque, em Mount Qassioun — embora suas origens não tenham sido confirmadas.
Najwa, uma senhora de 72 anos, relatou à agência de notícias AFP o pânico gerado pelos ataques.
— Foi como um terremoto e o céu ficou amarelo e vermelho.
Na sexta-feira (3), outro ataque teria sido feito por Israel contra um carregamento de mísseis sírios cujo destino seria o grupo libanês Hezbollah, na versão de autoridades israelenses.
Neste domingo (5), o Irã acusou os Estados Unidos de estarem por trás do ataque da véspera e ameaçaram Israel.
Segundo o site da Guarda Revolucionária do Irã, o ministro da Defesa iraniano, general Ahmad Vahidi, acredita nessa versão.
— O ataque realizado pelo regime sionista vai encurtar a existência desse regime [...] Ele foi realizado com a luz verde dos EUA e revela ligações entre terroristas mercenários e seus mestres do regime sionista.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, também condenou a ação israelense e conclamou os países da região a "resistirem sabiamente a tais agressões", segundo a agência de notícias Fars.
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Mais cedo, o presidente Mahmoud Ahmadinejad havia exigido, durante um discurso, que as potências ocidentais deixassem de intervir no conflito sírio.
Segundo divulgou uma porta-voz do Exército israelense, um sistema de defesa antimísseis foi reforçado no norte do país para eventuais ataques.
— O novo ataque israelense é uma tentativa de levantar o moral de grupos terroristas que estão cambaleando devido a ataques de nosso nobre Exército.
Forças do governo sírio e grupos rebeldes estão disputando o controle de áreas dos arredores de Damasco. Segundo a ONU, mais de 70 mil pessoas já morreram no conflito desde seu início, em 2011.
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