sábado, 11 de maio de 2013

Atentado durante eleições mata 10 pessoas no Paquistão

Alvo do ataque era o candidato Amanula Mehsud, que saiu ileso.
Cerca de 600 mil soldados e policiais tentam garantir a segurança no país.



Pelo menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas neste sábado (11) após a explosão de uma bomba colocada nas imediações de um escritório do secular Partido Nacional Awami em Karachi, no sul do Paquistão, disse a polícia.
A explosão, aparentemente ativada por controle remoto, aconteceu na região de Qaidabad por volta das 10h (horário local, 2h de Brasília), duas horas depois de os colégios eleitorais terem aberto para o pleito que acontece no país.
De acordo com a imprensa local, a explosão foi de grande potência e destruiu vários veículos e lojas próximos, enquanto um colégio eleitoral fechou momentaneamente por segurança.
O alvo do ataque, segundo o jornal "Express Tribune", era o candidato regional da ANP Amanula Mehsud, que saía do escritório de seu partido no momento da explosão, mas que ficou ileso, segundo o responsável da polícia da área, Jahangir Khan.
Os colégios eleitorais abriram suas portas às 8h (horário local, 0h de Brasília) para as eleições gerais deste sábado no Paquistão, para as quais foram convocados mais de 86 milhões de possíveis eleitores.
Cerca de 600 mil soldados e policiais foram desdobrados ao longo do país para tentar garantir a segurança durante o pleito, que se realiza sob a ameaça dos talibãs de promover atentados nos colégios eleitorais.
Mais de 120 pessoas morreram em incidentes eleitorais e atentados do movimento insurgente, que sabota o processo por considerar que transgride os preceitos do Islã.
São 4.671 candidatos disputando as 272 cadeiras em jogo no Parlamento.
Segundo as pesquisas, os favoritos são o Partido da Liga Muçulmana-N (PLM-N, de caráter direitista), o Paquistão Tehrik Insaf (PTI, de corte conservador), e o Partido Popular do Paquistão (PPP, de centro-esquerda).
O desenvolvimento do pleito será monitorado por uma centena de observadores liderada pela União Europeia (UE) com o apoio da Noruega, Canadá e Suíça, e que desenvolverá sua missão na maior parte do território paquistanês.
O pleito tem caráter histórico por se tratar do primeiro no Paquistão em que um governo civil dará passagem a outro do mesmo caráter.
Fonte:G1

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