quinta-feira, 2 de maio de 2013

Polícia de MT divulga retrato falado de sequestrador de menina de 8 anos

Característica foi repassada por testemunha que emprestou celular para rapaz.

Em Matupá, ele usou telefone emprestado para ameaçar família da criança. A polícia divulgou nesta quinta-feira (2) o retrato falado de um dos suspeitos de sequestrar a menina Ida Verônika Feliz, de oito anos, que morava em Cuiabá com a família adotiva. Ela foi levada à força da casa dela, no bairro Goiabeiras, há uma semana e, nesse período, os sequestradores mantiveram contato com a família uma vez. Na mensagem de celular disseram para a polícia parar de investigar o caso senão iriam matar a garota. De acordo com o delegado Flávio Stringueta, da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o caso, o jovem do retrato falado é o que teria mandado a mensagem pelo celular. "A nossa suspeita é de que ela tenha saído do país", afirmou. Quando o sequestrador mandou o SMS para a família, ele estava em Matupá, a 696 quilômetros ao norte de Cuiabá, conforme a polícia.

O retrato falado foi feito com base nas características repassadas por uma testemunha que emprestou o celular para o suspeito enviar uma mensagem. "Em Matupá, ele pediu para algumas pessoas um celular emprestado para mandar uma mensagem. Identificamos essas pessoas e a testemunha, que emprestou o telefone, nos repassou as características dele", informou o delegado. Conforme Stringuetta, essa pessoa não estava com a criança, mas seria um dos integrantes do grupo criminoso que sequestrou a menina.
Desde a última sexta-feira (26), várias denúncias anônimas sobre o suposto paradeiro da vítima chegaram à polícia. "Temos averiguado todas as denúncias, mas até agora nenhuma se confirmou", disse o delegado. Uma das suspeitas é de que a criança tenha sido levada para junto dos pais biológicos dela. Segundo Stringuetta, o pai mora na Itália e a suspeita é de que a mãe, que é natural da República Dominicana, esteja com ele. 
A suspeita pesa ainda mais sobre os pais pelo fato de o pai biológico ter mantido contato com a família adotiva da criança há pouco tempo. A mãe adotiva de Ida, Tarcilia Gonçalina de Siqueira, disse que ele telefonou para a casa dela e falou que queria ficar com a filha. O casal perdeu a guarda da menina depois que a deixou sozinha em um quarto de hotel, em Cuiabá. Na época, Ida Verônika tinha quatro meses de vida e ficou aos cuidados da camareira do hotel, que mais tarde se tornou irmã adotiva dela após a mãe conseguir a guarda provisória.
O sequestrador invadiu a casa da família no momento em que a vítima estava com a irmã adotiva, Daniele de Siqueira, e a arrastou pelos cabelos. Segundo a polícia, o suspeito demonstrou estar interessado em comprar um terreno para entrar na casa da vítima e questionou Daniele sobre quem estaria com ela na residência. Assim que ela respondeu, mencionando o nome da irmã, ele falou que queria a menina e entrou na casa.
Ele e outro comparsa fugiram com a criança em um carro branco, cuja placa ainda não foi identificada pela polícia, porque, segundo o delegado, as imagens das câmeras de segurança da rua não conseguiram capturar os dados com nitidez. 
Para evitar que os sequestradores deixem o Brasil, o delegado disse ter comunicado as polícias Federal, Rodoviária Federal, o Grupo Especializado de Segurança na Fronteira (Gefron) e a Interpol sobre o desaparecimento.
Em janeiro de 2007, a mãe biológica de Ida foi presa em flagrante com comprimidos de ectasy e cumpriu pena até 2009 por tráfico de drogas. Porém, durante o regime semiaberto, ela descumpriu as regas e hoje é considerada foragida da Justiça. 





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